sábado, 12 de novembro de 2011

Descarte Inteligente, Recicle essa ideia. neste momento esta acontecendo a reciclagem de lixos eletrônicos, computadores. vejam as imagens....








quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Notícia veículada no dia 10/11/2011 no O Mossoroense

Em virtude da ausência de postos de coletas e ainda por desinformação em relação às consequências do ato, a população de Mossoró acaba descartando de maneira incorreta o lixo eletrônico. Um comportamento que, segundo especialistas, pode trazer prejuízos ao meio ambiente. Diante da situação, estudantes da Faculdade Ciências e Tecnologia Mater Christi promovem até sábado, 12, o II Descarte do Lixo Eletrônico (e-lixo), objetivando coletar e descartar corretamente os materiais.

Conforme o professor do curso de Sistema de Informação e coordenador da ação, Nichollas Rennah, essa é a segunda edição do Descarte do Lixo Eletrônico. A primeira mobilização foi realizada no mês de junho, e os estudantes conseguiram recolher duas toneladas de materiais eletrônicos sem uso.

"Nosso objetivo é coletar equipamentos eletrônicos inutilizados e promover a conscientização da comunidade quanto à necessidade de se dar um destino correto a esse tipo de lixo. Mostrando que, se jogados no lixo comum, os componentes dos equipamentos eletrônicos contaminam o meio ambiente", explica o coordenador.

O professor Nícolas Renan ressalta ainda que a iniciativa minimiza a falta de pontos de coletas desse tipo de materiais na cidade. "Às vezes, as pessoas sabem que é incorreto jogar pilhas e até equipamentos eletrônicos no lixo comum, mas esbarram na ausência de locais que recolham esses materiais e acabam descartando de maneira errada. Por isso, esta ação pretende dar uma alternativa para população agir de forma correta nesse sentido", destaca.

Até o próximo sábado, 12, a população poderá entregar equipamentos inutilizáveis no II Descarte do Lixo Eletrônico. "Durante toda esta semana no período da noite, as pessoas podem fazer a entrega com os acadêmicos do curso de Sistema de Informação na Faculdade Mater Christi. Se for uma grande quantidade de lixo eletrônico, a pessoa ou empresa podem solicitar que uma equipe recolha o material no local. O telefone é 3422-0551", informa o coordenador.

No encerramento da atividade, na própria sede da instituição, uma equipe composta por 40 alunos estará na Faculdade Mater Christi para recolher o lixo eletrônico da comunidade das 8h às 12h. "Enquanto isso, outra equipe de alunos colaboradores irão às ruas para fazer divulgação com a entrega de panfletos informativos", conclui professor Níchollas Rennah.

Fonte: http://www.omossoroense.com.br/cotidiano/10235-alunos-da-faculdade-mater-christi-promovem-mobilizacao-do-descarte-correto-do-lixo-eletronico-

sábado, 4 de junho de 2011

O ciclo do Lixo Eletrônico - 2. Descarte e reuso

Uma vez encerrada a etapa inicial de consumo e uso de eletrônicos, ou seja, depois que a pessoa ou organização que comprou determinado equipamento já o usou ao máximo, ainda existe uma série de alternativas antes do efetivo descarte para a reciclagem. Esta parte do texto tem uma grande influência de idéias gradualmente elaboradas dentro do âmbito da Rede MetaReciclagem, mas até hoje não implementadas por diversos motivos. Nesse sentido, é muito mais uma hipótese a ser testada do que uma recomendação prática, e conta com a imprecisão de ser uma história contada por um de seus participantes. Como nas outras partes, aguardo críticas e sugestões. O foco principal aqui é estender a vida útil principalmente de computadores junto com projetos sociais, mas é possível pensar em adaptações dessas propostas para celulares e outros equipamentos.

A rede MetaReciclagem

A sociedade do excesso é também a sociedade do desperdício. A cada ano, entre os milhões de equipamentos eletrônicos que vão para o lixo, literalmente se joga fora a oportunidade de ajudar muita gente. Essa foi uma das influências para a criação da rede MetaReciclagem, e é também a motivação por trás de diversos projetos cujo foco é a reutilização de eletrônicos.
A idéia da MetaReciclagem surgiu na rede, como um dos projetos do Projeto Metá:Fora, em 2002. Depois de debater por algum tempo a idéia de receber doações de computadores usados e remanufaturá-los usando software livre, passamos a contar com o apoio do Agente Cidadão, uma ONG de São Paulo que fazia a coleta, armazenamento e redistribuição de qualquer tipo de doação material (roupas, livros, móveis, e também eletrônicos) para associações comunitárias e outros projetos. Em 2003, houve alguma repercussão da MetaReciclagem na imprensa, e passamos a receber um fluxo quase constante de doações. O Agente Cidadão nos cedeu um espaço - que chamávamos de Galpão - e conseguimos arregimentar um grupo de voluntários que freqüentava o espaço a cada semana. A partir de lá, começamos a construir parcerias com diferentes projetos, e logo percebemos que o que estávamos propondo ia muito além do aspecto operacional da coisa - logística, tratamento e redistribuição. No processo de mobilizar pessoas para colaborar, fazer a triagem e a remanufatura dos computadores e por fim direcioná-los acabamos aprendendo muito sobre os diversos processos envolvidos.
Uma questão fundamental que a MetaReciclagem já tocava naquela época era a questão do aprendizado relacionado à apropriação crítica das tecnologias, incentivando a curiosidade sobre o funcionamento interno das máquinas, quebrando a verdadeiro medo que as pessoas têm de manipular a tecnologia - tomá-la nas mãos, entender as elementaridades dela e propor novas combinações. Uma metáfora bastante significativa nesse sentido é o monolito negro do filme 2001 - Uma odisséia no espaço. Enquanto as pessoas tratarem a tecnologia como uma coisa fechada, cujo funcionamento é misterioso - quase mágico, no mau sentido -, estamos longe de conseguir criar um processo efetivo de apropriação dela.

O ciclo do Lixo Eletrônico - 1. Produção e consumo

A produção e o consumo de eletrônicos são elementos totalmente interdependentes. A indústria, com forte apoio da mídia (não só a imprensa especializada em 'informática', mas também a imprensa de variedades e em grande medida o entretenimento), se esforça constantemente em criar umailusão de obsolescência, lançando periodicamente novos equipamentos cominovação incremental - aquelas poucas novidades que vêm devagar, um pouquinho em cada nova versão. Já fazem alguns anos que os computadores novos não trazem mais do que versões um pouco mais rápidas de suas versões anteriores. Por outro lado, a indústria trabalha também com o estímulo a comportamentos condicionados e objetos de desejo que, na visão distorcida e irresponsável do grande marketing, aquecem a economia ao incentivar o consumo (e, adiciono eu, oconsumismo). Assim, conseguem cobrir toda a gama de adoção de equipamentos.
Aquelas pessoas que dão mais valor a estabilidade e segurança defrontam-se com a situação de que seus computadores precisam de software mais recente, que não roda com o sistema operacional desatualizado. O sistema operacional novo precisa de mais memória, velocidade, armazenamento, o que for. Para isso, precisam comprar um computador novo. Como não sabem (e os fabricantes não fazem questão de informar) que existem muitos usos alternativos mesmo para computadores de dez anos atrás, acabam por guardá-los em algum armário ou se desfazer deles. Não percebem que qualquer computador é um artefato que condensa uma grande quantidade de conhecimento, e aqui não estou falando só da quantidade de informação que ele armazena: cada peça de um computador é um sistema complexo de cálculos e armazenamento, e o conhecimento aplicado no desenvolvimento e fabricação de cada uma dessas peças deveria nos levar a pensar duas vezes antes de simplesmente descartá-la.
No outro lado do espectro de consumo, as pessoas que não se importam com estabilidade mas dão importância à novidade e à descoberta se vêem em um mundo de novas funcionalidades e novos usos em potencial que hoje já éinapreensível: pouca gente consegue saber todos os usos possíveis para um computador ou um celular. Eu me lembro que não mais do que quinze anos atrás, muita gente já tinha aparelhos de videocassete que tinham um monte de funções para agendar gravações, mas ninguém sabia usar. Hoje em dia os videocassetes são peça de museu, mas essa condição se espalhou para diversos outros aparelhos. Conheço muita gente que até hoje não consegue nem enviar um SMS, mas tem telefones celulares com câmera, MP3, rádio, wi-fi e outras coisas. Aquelas poucas pessoas que sabem usar tudo isso tampouco se satisfazem: é só aparecer um aparelho que tenha uma função a mais (hoje em dia é o multi-touch ou o 3G) e já se desfazem dos "antigos". Isso tem nome: obsessão ou compulsão.
Em todo o processo de fabricação de qualquer eletrônico, além de incorrer em comportamento levemente antiético ao estimular o desejo desenfreado por consumir cada vez mais, muitas empresas adotam também comportamentoexplicitamente predatório: a extração de matérias-primas e a produção industrial de eletrônicos frequentemente fazem uso de mão de obra precária, não levam em conta os impactos social e ambiental, e produzem uma grande quantidade deresíduos tóxicos. Muitas empresas têm plena consciência disso tudo e acreditam, como já é típico, que fechar os olhos elimina os problemas. Isso não é verdade. Como temos tentado mostrar neste blog, a situação do lixo eletrônico está totalmente desequilibrada: a quantidade de descarte produzido a cada mês supera em muito a capacidade de absorção e reciclagem do sistema produtivo.

domingo, 29 de maio de 2011

O ciclo do Lixo Eletrônico - visão geral

Com a aceleração da produção e do consumo de eletrônicos, o volume desse tipo de descarte cresce exponencialmente, deixando o planeta sem espaço para armazenamento e ainda menos capacidade de reciclagem. A julgar pela maneira como as coisas são hoje, as alternativas para resolver esse tipo de problema são insuficientes. Precisamos mudar.
Uma visão ampla sobre o assunto ajuda a identificar uma série de elementos que podem ser ajustados para chegar a uma situação mais próxima da sustentabilidade, e que vão muito além do mero gerenciamento de descartes.Para facilitar, e inspirado pelo vídeo A História das Coisas, de Annie Leonard, quero propor uma tentativa de mapear o ciclo completo dos eletrônicos e indicar ações específicas nas diferentes partes. Esse mapeamento vai incorrer em algum idealismo, dar uma importância desproporcional para ações críticas que por enquanto são praticamente inexistentes. Também vai cair em algum reducionismo didático. Por exemplo, produção e consumo são muito mais um campo de influências mútuas do que uma seqüência direta. Mas vamos tentar uma primeira enumeração:
  1. Produção
  2. Consumo
  3. Descarte
  4. Reuso
  5. Reciclagem

É claro que faltam muitos elementos nesse quadro, que pode ser interpretado até como uma releitura da clássica forma "reduzir, reutilizar, reciclar", mas peço que acompanhem os próximos posts para entender melhor o que está sendo proposto.

Leia mais em: http://lixoeletronico.org/blog/o-ciclo-do-lixo-eletr%C3%B4nico-vis%C3%A3o-geral

Lixo eletrônico: o que fazer após o término da vida útil dos seus aparelhos?

Quando falamos em lixo eletrônico, a primeira coisa que vem à mente são aqueles incômodos spams que ocupam espaço na caixa de email, trazendo vírus e corrompendo o seu computador. Porém, não é deste lixo que estamos nos referindo.
Os resíduos eletrônicos, também denominados de e-lixo (e-waste em inglês) são os vilões do momento. Eles nada mais são do que artigos eletrônicos que não podem mais ser reaproveitados, como computadores, celulares, notebook, câmeras digitais, MP3 player, entre outros. São considerados lixos eletrônicos também artigos elétricos de casa, como geladeiras, microondas e o que mais você usar em casa que, descartados, podem poluir o planeta.
Quando você troca seu equipamento eletroeletrônico, saiba que ele poderá prejudicar o meio ambiente. Estes equipamentos são produzidos com substâncias nocivas, e uma vez descartados de forma incorreta em locais pouco apropriados como lixões e perto de lençóis freáticos tornam-se problemas ainda maiores.


Números que impressionam

Para se ter uma ideia, os resíduos eletrônicos já representam 5% de todo o lixo produzido pela humanidade. Isso quer dizer que 50 milhões de toneladas são jogadas fora todos os anos pela população do mundo.
O Brasil produz 2,6Kg de lixo eletrônico por habitante, o equivalente a menos de 1% da produção mundial de resíduos do mundo, porém, a indústria eletrônica continua em expansão. Até 2012 espera-se que o número de computadores existentes no país dobre e chegue a 100 milhões de unidades.
Deste total, 40% se encontram na forma de eletrodomésticos. Aqui no Brasil são fabricados por ano 10 milhões de computadores, e quase nada está sendo reciclado. Apenas de celulares e as baterias que são fabricadas através de componentes tóxicos, são 150 milhões.  
Entrarão no mercado anualmente mais 80 milhões de celulares, mas somente 2% serão descartados de forma correta. Os outros 98% serão simplesmente guardados em casa ou despejados no lixo comum, criando ainda mais impacto ambiental.